CAPÍTULO I
Queremos gozar todos os benefícios da civilização sem assumir a responsabilidade pelos seus defeitos.
Se lêssemos desapaixonadamente as redes, a imprensa escrita e oral veríamos, leríamos imensas coisas, nomeadamente os 4 pontos cardeais do sofrimento humano.
Estendem-se todas as misérias, sejam as das barracas, sejam as dos palácios.
Para mim e para muitos como eu, mesmo sem nos deitarmos no divã da psicanálise, sabemos que temos uma mania, uma ideia fixa nesta aventura da vida, um hábito, uma rotina que é de nos guiarmos pela própria cabeça.
Somos estéreis em muitíssimos domínios. Normalmente exigimos dos outros o óptimo que não cabe a nós realizar.
A crítica é um direito, como é um direito e um dever discuti-la.
A vida oferece-nos momentos únicos, umas vezes parecemos cogumelos húmidos, destilando tristeza.
Todos nós temos uma metade ruim, muitas vezes feitas de medo, aliás na sua grande maioria feita de medo.
A maioria de nós é dissimulado e vive assim uma vida inteira, nem sequer usa as estações do ano para mudar de vestes.
Outros vivem estrabicamente, essa forma indefinida de olhar o que os rodeia.
Como era bom que nos dividíssemos em dois grupos- os bons e os maus como nas histórias da nossa infância.
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