segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

MUITO ME SURPREENDE

Não é só a fragilidade da amizade que me surpreende, há muita coisa que me surpreende.
Quanto mais envelheço mais me surpreendo.
Penso até que aquilo que vivi me ensinou muito pouco, diria mais, não me preparou para a vida.
Por vezes os livros ensinam-nos mais que as nossas próprias experiências.
Há em mim um enorme desejo de me blindar frente ao mundo, se bem que o meu modo de fazer acabe por ser o contrário, mas continuo apesar de tudo a considerar o isolamento um componente indispensável da 'felicidade' humana.
Ainda fico surpreendida com a chegada dos bárbaros.
Em alturas como esta, de terror político ainda nos podemos surpreender, isto surpreende-me.
Surpreendo-me com tanta loucura e do seu enorme poder.
Surpreendo-me da forma como as pessoas se levam a sério, muito cheias dos seus próprios juízos, nunca se pondo em causa.
Surpreendem-me os elevados níveis de maldade e de desafectos.
Surpreendo-me até por me surpreender.

3 comentários:

Helena disse...

Olha que eu também me surpreendo que tu te surpreendas.
Verdade!
Embora eu também...

lenço de papel; cabide de simplicidades disse...

mas é verdade amiga, podes crer.
Os níveis da realidade ultrapassam qualquer ficção
o grau da minha surpresa, suponho que tenha a ver com a escala

GL disse...

O meu grau de desencanto é maior, é que já nada me surpreende.
Uma ressalva para a amizade.. Quando verdadeira é um sentimento perene.
Abraço.