domingo, 23 de fevereiro de 2014

RESUMO, RESUMIDO, DAS CORRENTES D'ESCRITAS

15º ANO DE CORRENTES (www.cm-pvarzim.pt )
dias 20 a 22  de Fevereiro

A conferência de abertura coube a Adriano Moreira sob o título "A Língua e o Saber", onde o apresentador, José Carlos Vasconcelos, tratou de clarear bastante o curricullum político do convidado, no meu ponto de vista.
A revista das Correntes foi este ano dedicado a Maria Teresa Horta.
O local escolhido foi o Hotel em que ficaram hospedados os participantes,com 600 lugares, sempre lotados.
Há um espaço de venda de livros dos autores que participam e outro de apresentação de novos livros a publicar ou publicados daqueles escritores. Assim sendo, há um enorme interesse dos editores no certame literário. No início este encontro literário anual foi uma ideia da Câmara Municipal da cidade que criou uma equipa para trabalhar todo o ano na feitura do encontro. Hoje, o Presidente é outro, mas a equipa é a mesma, aliás o vereador da Cultura actual era o antigo presidente da Câmara.
A assistência é composta, maioritariamente, de professores(as) reformadas e no activo e muitas outras profissões, chegando-se ao ponto de pessoas tirarem estes dias de férias para assistirem ao encontro.
Os participantes, escritores de ficção e poetas, são falantes de língua portuguesa e espanhola dentro e fora de fronteiras, assim temos gente das antigas colónias, e escritores da América Latina e espanhóis.
Hoje, o encontro tem menos estrangeiros do que tinha, desconheço se por obter menos dinheiro para a realização do mesmo ou por interesses editoriais e dos parceiros, tornando-se um pouco mais pobre porque menos diversificado.
Verifico que as parcerias, estão a ocupar grande espaço, quer nas votações (por ex: este ano, que era o 15º, convidaram 15 jovens escritores a estar presentes pela 1ª vez)
Há também gente, que é o caso da Inês Pedrosa, que dá "graxa" a toda a gente que está lá todos os anos, havendo assim uma espécie de residentes do Encontro.
A análise que eu faço é que hoje é muito menos livre do que era e tem muito menos interesse.
Aprende-se sempre alguma coisa, senão não valeria o esforço, que para mim é grande, já que não resido perto, mas cada vez menos.
Vou ainda falar do público que assiste e fionalizo por hoje por me encontrar ainda muito cansada, três dias dentro dum espaço fechado é extenuante, continuando amanhã com aquilo que aprendi este ano do que disseram os escritores, ou seja, transcrevendo os meus apontamentos, entretanto podem consultar a NET, no portal acima.
O público, como referi antes, é gente licenciada na sua maioria, professor, classe média portanto.
Uma mínima parte desta gente será informada e leitora, outra nem por isso, verificação empirica baseada na observação e algumas conversas de circunstância.
Têm uma mania que me irrita que é guardar lugares para as companheiras e colegas, por vezes durante uma sessão inteira.
Vejo professoras que seriam do meu tempo de aluna, portanto do tempo do fascismo com tiques do fascismo.
O Encontro tem uma vertente fantástica, muito positiva que é o de levar os escritores à escolas da região e os alunos estarem e cada vez ficarem mais interessados por coisas ligada à literatura. Aparecem, quando não têm aulas no auditório e mantêm-se muito calados e respeitosos tomando notas do que se diz, piores são mesmo as professoras que desde atenderem telemóveis quando um conferencista está no uso da palavra, cochicham umas com as outras e se pavoneiam por lá, parecendo que é um dos maiores interesses das damas (serem vistas umas pelas outras).
Quando se fala do ensino que é mau, não é só o que é ministrado mas também quem o ministra e as senhoras professoras desta estirpe deixam muito a desejar, mas isso são contas de outro rosário.
Amanhã há mais (desculpa bloguinho estou mesmo cansadita nem vou reler).

1 comentário:

GL disse...

Muito obrigada pela informação que, embora em forma de resumo :), deixa uma imagem do que por lá se passou.
Aprende-se sempre, sem dúvida, mas o mais gratificante, creio, é ver os jovens não só a participar mas a assistir com interesse.
Precisamos de sangue novo, gente que com interesse e interessante.
Seja como for - e não quero deixar de salientar esse aspecto -, após um período "morno" em que escreviam sempre os mesmos, os muito bons (graças a Deus para nós!) ou aqueles sem qualquer espécie de mérito, apesar disso, dizia, começam a surgir autores de grande qualidade. Poderia avançar com dois, três nomes, mas penso ser escusado.
O comportamento das professoras? Sem comentários!...

Abraço.