domingo, 4 de março de 2012

IDAS E VINDAS



A ida ao passado nos revigora. Quando é preciso, até vou aos celtas de quem descendemos também, mas às vezes viajo até ao futuro.
Quando a minha sensibilidade se desavém com a realidade que me rodeia, coloco as asas da imaginação e aí vou eu.
Lembro-me duma maquineta que tinha quando era pequenina, oferecida pelo meu avô e, que via Paris ou outra coisa qualquer. Era uma TV em plástico.
E eu viajava pelo meio de todos os trânsitos.
E quando a minha alma murcha que nem uma passa de corinto as minhas âncoras estão aqui nestas viagens que faço, usando alguns temperos variados para me servirem de estímulo.
A realidade às vezes produz efeitos daninhos, embora nunca dispense a minha presença, por isso revisito a história, desenvencilho os fios narrativos e alturas há em que começo a ser uma personagem com história e com livro com folhas em branco. Quero ser um livro de viagens, uma viagem que ainda não terminou e de que continuo a ser responsável pela sua escrita.
A vida tem estranhos caprichos. Obrigou-me a ler milhares de livros e se calhar aos 13 anos eu via melhor o Mundo do que hoje porque era mais confiante e não estava proibida de o ver.

2 comentários:

Helena disse...

Ler o mundo é uma tarefa de enormes proporções neste tempo que vivemos.

Escrevermo-nos começa a ser, com os anos, uma tarefa ainda maior. Mas tu cumpre-la bem.
Tenho um post para ti. Sobre escrever, precisamente. Deixo-o já, que me sinto a escorrer pela cadeira, até ao chão e se não for descansar, vou ter que me apanhar de esfregona

lenço de papel; cabide de simplicidades disse...

Não leio o Mundo sem bola de cristal e ela partiu-se há muito, muito tempo.
Obrigada querida Homónima por este beijinho de Boa Noite. Descansa muito.

Tu tens piada.