quinta-feira, 22 de março de 2012

OS ALTOS E BAIXOS DO 1ºCADERNO DO JORNAL EXPRESSO

OS ALTOS

transcrevo: António Mexia
Presidente da EDP
"É seguramente um dos gestores mais polémicos da actualidade em Portugal. Pelos ordenados e prémios que ganha, pelo estilo de liderança que (alguns acham que) imprime na EDP. Mas a verdade é que a empresa que dirige desde 2006 atá agora a ser disputada pelos gigantes mundiais do sector. Sabem porquê? É simples: tornou-se numa multinacional de sucesso reconhecido. E dessas, não há muitas por aí".

"Zeinal Bava - Presidente da Portugal Telecom
Tem motivos para se sentir orgulhoso do seu trabalho. A PT  está sentada em cima de 5,4 mil milhões de euros em caixa, ou seja, está forrada de liquidez para aguentar eventuais descidas do "rating". Tem financiamento assegurado até 2013 e a sua dívida líquida caiu 20,6% no primeiro semestre, de 5,3 para 4,2 mil milhões de euros. Bava garante que não vai despedir pessoas o que é muito positivo. E ainda poderão vir surpresas do Brasil."

Seguem-se os BAIXOS - normalmente políticos, tanto pode ser o P.M, como outros.

O que concluo:
Que a imprensa também está infestada de economistas com visão economês, que o olhar sobre a vida pública e o que afecta Portugal é um olhar enviesado, inquinado, sempre de cima para baixo e nunca do lado da maioria, do povo, os próprios políticos entram no ranking de economistas/analistas/jornalistas de meia tigela que poluem todo o ambiente nacional e o deformam.
Este altos e baixos do Expresso não estão sujeitos a contraditório nem vêm no caderno de Economia tão pouco, vêm colocados  em página bem visível do 1º caderno para que toda a gente perceba que é assim e mais nada, como se fossem verdades absolutas. Nem sequer vem na coluna de opiniões ou de todos aqueles colunistas disseminados pelo jornal que fazem parte da clientela do partido maioritário PSD
E assim se vai opinando levemente, alegremente, com uma espécie de superior sapiência como se fossem leis.
Lembro-me de ter lido num livro de Salman Rushdie uma frase semelhante a isto " quando passou do sexo propriamente dito para a política sexual e começou a explicar as suas ideias..." é um pouco isso que acontece com os jornalistas opinadores, os diversos comentadores ex-políticos ou ex-desempregados de qualquer coisa do poder, passam geralmente dos "affaires" activos para as opiniões desbragadas sobre isto e sobre aquilo, masturbando-se diariamente, semanalmente. Há muita "política sexual" hoje em dia e não se trata só das páginas e páginas de anúncios de meninas e meninos a convidar para "massagens deste tipo ou daquele" que os jornais incluem na suas páginas de publicidade, como o JN por exemplo, trata-se isso sim desta pornografia económica/política/social que  toda a imprensa escrita e falada usa para nos mentalizar, escolarizar, neutralizar.
Usam quase sempre a linguagem do poder, se possível com acrónimos, muitos e impronunciáveis. Estou a lembrar-me do Sr. Zeinal Bava neste momento, que sempre que fala é por siglas ou vocábulos em inglês impronunciável e que os jornalistas copiam, copiam até à saciedade, com baba na boca e assim se mantendo na crista da onda e fazendo render a sua crescente lista de dependências.
Quem não proceder em conformidade, condena-se de antemão, ao fracasso.
Subornam-se mutuamente e mutuamente cobram-se informações.
São normalmente pessoas de vozes e olhares dóceis.

1 comentário:

Helena disse...

Eu sou sempre muito cuidadosa coma linguagem, mas este post lembra-me a frase que costumo dizer de mim para mim e que tu adivinharás.

Bom dia Homónima!