quarta-feira, 7 de março de 2012

OS ENIGMAS DA VIDA




Espreito as contradições  da vida  e esta cada vez mais me oferece mais enigmas e mais mistérios.
Hoje ouvi e vi o P.M. na A.R.. Ouve e entende duma forma muito diferente da minha. O Jerónimo de Sousa quis explicar-lhe porque havia mais velhos a morrer e ele respondeu ao lado, irritado, sem conseguir sequer fazer um esforço de compreensão.
Sempre para mim foi um enigma a cabeça dos outros, o que escutam e o que processam dessa escuta.
A vida às vezes, parece uma peça de teatro do absurdo. Aquela medida absurda na verdade do erro, no gato por lebre.
Encontro gente simples, sem doutrina e muito aprendo com eles. Ocasiões há em que o nosso grau de expectância é tão baixo àcerca de alguém que nos surpreendemos com a nossa própria ignorância. Por isso é que ler nos dá uma enorme segurança. Tirar as personagens, dos livros para falarem connosco e interagirmos com elas é bem mais fácil do que viver, conviver com caras fechadas à chave, caras apressadas que apenas supomos que não sentem nada, que estão alheias, que nascem alheias, que apenas querem respirar, os tais que só gostam de futebol e de telenovela.
Antes do 25 de Abril pensávamos que era o açaime que todos tínhamos que fazia gente desta e agora o que é?
Porque fogem de ouvir? Porque não querem pensar?
Porque preferem ser ignorantes, se sofrem na mesma?
Como dá trabalho ser ignorante, no entanto não querem ser outra coisa para não terem trabalho, isto é um enigma para mim.
Há coisas que observo, principalmente na política que me parecem fazer parte do oculto.
Há gente que lê o que acontece no mundo, a nível económico e financeiro, não como ilusões, mas como lei. Para mim, constitui um enigma essa forma de ver.
Assumem a substância. Obedecem. Não se opõem. Aceitam a verdade e o erro.
Um outro enigma é a forma do encontro.
Quando andava na escola aprendi na geometria os axiomas e, também aprendi muito mais tarde que havia uma geometria não euclediana e o que ela tinha feito às matemáticas, isto é, demolir um axioma e acabou com a presunção, mas já no princípio dos anos 2000, li que um físico de Harvard, não me recordo o nome, disse que as linhas paralelas, de facto, se encontravam sobre uma esfera e isso nunca mais me saíu da cabeça. Não sei mais nada sobre esta questão, mas que penso na questão do encontro (aqui, visto como a tomada de conhecimento mútuo) lá isso penso.
Outro dos  meus enigmas que hoje aqui partilho convosco,  é o facto de haver pessoas que não são nada, não são tristes nem alegres, mas tudo isso.
Não são oprimidas nem opressoras, nem arrebatadas pelo desemprego, pela fome, mas tudo isso.
Elas sabem e não sabem que conforme querem fazer viver a maioria deste povo é a morte lenta, mas confundem vida com morte?

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