terça-feira, 13 de março de 2012

QUANDO CHEGA O AMARELO?

Há tanta coisa que se perde dentro de nós.
A vida traz-nos tristezas e eu ainda não convidei as minhas para se sentarem à mesa comigo. Ainda estou na fase do azul do ar e da água. O branco, a cor da alma, a síntese de todas as cores, demora-se. Os sentimentos misturam-se.
Continuamos nesta viagem e as inquietações parece que nascem a todos os momentos.
Ouço promessas, profecias desde criança, mas todos aqueles que prometem é sempre para depois e eu pergunto, quando é esse depois?
Quanto mais penso, mais triste fico, parece haver uma correlação  directa entre as duas coisas. Estou certa que o que me acontece a mim, acontece também a quase toda a gente.
Nos tempos do fascismo, as pessoas não tinham lugar no seu País e só lhes restava partir, ou enlouquecer, ou suicidar-se e agora?
Portugal quase sempre foi uma coelheira (palavra roubada a Fernando Dacosta) obediente e convicta.
É difícil achar presente.
E a independência cada vez  está mais em perigo, o país está tomado pelos economistas, pelos oportunistas e gangs de ladroes que se dizem políticos, pelos negócios dos de fora, pelos poderosos de fora a comprarem-nos tudo, até a pêra  rocha nos vieram comprar. Compram empresas, tudo.
O povo já não se indigna com todos estes suplícios, apenas sente cansaço.
As empresas ficam abandonadas, as casas abandonadas.
Aqueles(as) que estão sozinhos, sem grupo, sem igreja, sem partido, ficam desprovidos de qualquer resguardo, de qualquer socorro.
Tem fazer da sua fraqueza a sua força.
Estamos em guerra com nós próprios, já que apenas lutamos connosco. Bebemos o medo e ninguém ousa. Povo impotente que vê tudo a ser destruído e continua submisso, povo atormentado que parece que não dispõe de existência, apenas destinado a receber ordens, joguete de qualquer mandante, todos aflitos, mas conciliadores, mas fora de horas de aflição, arrogantes.

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