sábado, 25 de janeiro de 2014

TANGENCIAR

Aqui nas redes, tangenciam-se respostas, não se criam, duma forma geral, vínculos incómodos entre perguntas e respostas.
A palavra também pode ser um vírus.
As pessoas compram roupas e adornos e até aparelhos domésticos nos chineses e isso faz com que acreditem que a vida ainda podia estar pior.
A realidade continua oculta, não se enxerga. O povo após o 24 de Abril com esta social-democracia laranja e rosa, as universidades e as famílias foram educadas para ser prepotentes e déspotas.
Portugal tornou-se um altar sacrificado de gula e de cobiça. Desconfiar de aparências amáveis, em especial em governantes, já que tudo é impostura.
São autoritários de raiz  com aparência diferente.
O 25 de Abril veio retirar em certa medida o sentimento de herança e é isso que estes ganhadores do poder vieram restituir a eles próprios.
Herdava-se o poder de pais para filhos e voltou-se a herdar com este regime camuflado de democracia.
Roubam tudo, até as palavras.
As almas já solaparam há muito e o espírito de intriga ajuda a fazer o resto.
Deixou de haver estacas morais e éticas. Mentem descaradamente, ofendem e injuriam e a seguir pedem votos e convocam-nos à obediência.
Trabalham incansavelmente para o capital. O capital aplaude-os, dá-lhes lugares e lá vamos continuando na menoridade enquanto país.
Todos os vapores que nos chegam da Europa são fétidos, aprisionam Portugal e não o largam. Desconfio que nem com o Homem-Aranha a despegar-nos das suas garras lá íamos.
O PR é um oportunista dos fados políticos, fecha a cara e mede forças de quando em vez com o PS, já que aos outros partidos nenhuma importância dão.
Por nossa vez, a vez do povo, fomos quase surpreendidos com esta língua que nos falavam. O nosso estado era de rigorosamente desprevenido.
O povo de nada sabe, como de costume e os estudantes que costumavam ser os mais esclarecidos e ser os cabeças de luta, passaram a ser cabeças de praxes porque as famílias e as universidades ensinaram-lhes o manual de cobardia.
Toda a gente é funcionário público ou tem interesses em jogo.
Senão veja-se:
O que está a dar neste momento são os Fundos, os Fundos de Investimento e o capital de risco em vez de pertencer aos privados pertence ao Estado. Os Fundos dizem que vão revitalizar.
Então é assim:
O Estado disponibiliza aqueles milhões todos do QREN  (Quadro de Referência Estratégica Nacional) que são alavancados em igual montante, por norma aos Bancos, os mesmos do costume (CGD, BPI, BES, BCP, BANIF, Montepio, etc.)
Depois há umas empresas que alocam esses fundos, assim uma espécie de managers de jogadores de futebol.
Este investimento público em empresas, que até pode ser numa carpintaria ou em serviços de música streaming, não esquecendo as unidades hoteleiras , é capital de risco estatal oferecido aos privados.
Esta gente, os managers, chamam-se gestores de Fundos e gerem fundos de recuperação de empresas. A moda neste pronto-a-vestir dos fundos chama-se startups. Sabem o que é?
É assim uma espécie de reunirem investidores nacionais e estrangeiros. Recapitulando: o Estado e os privados criam um benchmarking (tem que se usar estes termos, senão quem ler corre o risco de entender o que andam a fazer e ir para a rua lutar).
Exemplo: Há empresas, como a Discovery, os nomes convém que sejam estrangeiros, é um fundo de recuperação que faz gestão de empreendimentos turísticos. Assim sendo, adquire activos que estão normalmente em bancos e tenta melhorar o seu valor para mais tarde vender com mais valias. O Sr. que está à frente desta coisa, de seu nome Rodrigo Guimarães, mas podia ser outro qualquer diz " está numa excelente altura para entrar em empresas viáveis, que só precisam de capital para recuperar".
Vejam lá se as praxes não deram jeito e aqueles cursozecos de gestão e aparentados. Não prepararam para a vida? Prepararam sim, para as ricas vidinhas.
O Dinheiro vem da CEE a alto custo, o povo paga mas nem o vê e ainda ouve na televisão quando está sentado a almoçar o que o parco dinheiro lhe pôs na mesa, que a Economia está a recuperar, pois é. Os dinheiros europeus vão uma grande parte para os Bancos e a outra parte para os Fundos.
E o povo heim, pá? Aqueles homens e mulheres hipotecados com um sonho onde estão?
Acachapados no sofá, com olhares desvalidos a ver televisão para não pensar no futuro que é muito reles.

4 comentários:

GL disse...

Não há contraditório possivel, apenas a concordância total.
O que se passará com os nossos jovens? Castraram-lhes sonhos e sentido de justiça? Quando são afectados ainda se manifestam, mas no que toca à sociedade no seu todo?!
A indiferença ameaça ser um dos piores flagelos dos nossos dias.
Boa semana.
Abraço.

lenço de papel; cabide de simplicidades disse...

estão a ver futebol. Os estádios estão cheios deles. Eles andam por aí.
Até sempre.
Abraço

GL disse...

Até já.
Abraço.

Helena disse...

Ok. Respondes à minha exclamação de nada saber, nada perceber, anteontem no facebook!
Quase fiquei a saber, mas ainda e sempre sem compreender...
;)

Beijo