sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

AS AVES PIARAM

Todos aprendemos coisas, todos aprendemos alguma coisa com toda a gente.
O Sr. Martin Shulz, cidadão da aldeia global, nascido numa pequena cidade alemã de seu nome Eschweiler, perto à fronteira com a Bélgica, defensor acérrimo duma Europa unida veio dizer ontem, publicamente, que o nosso P.M não devia ter ido a Angola pedir para este país investir mais em Portugal, "que isso não deve ser feito porque para emprestar dinheiro a Europa chega muito bem" (infere-se das entrelinhas). Ele pensa que sendo os portugueses um povo que cumpre com as obrigações e paga bem, mesmo os elevados juros a que esta sujeito por parte de quem empresta, não é de bom tom ir abastecer-se na concorrência.
Logo lhe saltarem em cima os deputados de todos os partidos portugueses com assento na A.R. Foi lindo de ver todos, sem excepção, a defenderem Passos Coelho.
Ora, o europeísta convicto, actualmente presidente do Parlamento Europeu, que era desde 2009 a nível nacional, o encarregado do SPD para os assuntos europeus ficou a saber que não deve meter o nariz onde não é chamado, mesmo que antes o mesmo tivesse feito a sua colega Merkel e, nada lhe tivesse acontecido. Aprendeu duma vez por todas que quem se mete connosco leva e, percebeu claramente que um vendaval bravio açoita os pinhais do Parlamento Português quando nos ofendem os nossos, pois então!
Quando liguei a TV e vi os nossos deputados, em uníssono, dizerem todos o mesmo e atacarem o temível alemão pareceu-me logo que ali havia coisa e fizeram-me lembrar a crispação dos míopes ao tentarem reduzir a luz nas pupilas.
Ouvi melhor o que o alemão tinha dito e concluí que não foi ainda um fulano a ressumar seiva, verdadeiro, que tinha surgido na ribalta mas apenas um burocrata mais desse mundo feiticeiro, para lhe não chamar financeiro que como todos os outros anteriores a ele, querem ter a sedução moral da verdade. Não, não se tratava de alguém abastado intelectualmente,nem um irreverente, apenas mais um alemão "visionário" a incorrer no mesmo erro, falar daquilo que não lhes diz respeito. Já chegamos à Madeira ou quê Sr. Shulz? Agora aprendeu a não se meter connosco. Não esbanjar retórica, ainda por cima interrompida e olhe sabe o que é que eu acho?:
O sr.,a srª Merkel (que o sr. não deve gostar por aí além, mas a quem copia os passos) todos juntos, apenas têm uma mentalidade de bisbilhoteiros pacóvios.

1 comentário:

Helena disse...

É. Eu também os vi a todos, empurrando-se mutuamente e a gritar "agarrem-me se não eu... eu... agarrem-me!"