segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

FALAR SOZINHA COMEÇA A SER UM DESPORTO À HORA DOS TELEJORNAIS


Ninguém conhece ninguém, mas acha que conhece.
A mãe que conhece o filho, a filha que conhece a mãe, a mulher que conhece o marido e vice-versa são inverdades, mitos do conhecimento.
A natureza humana possui elementos muito subtis e difíceis de controlar. Cada palavra vem mascarada.
Exibimos um tamanho para o outro que não corresponde à realidade.
A vida dá-nos muito trabalho.
Há capelas de silêncios em todos nós. As pessoas refugiam-se em lugares comuns e por vezes fazem destes um dever.
Todos nós somos feitos de contradições, de covardias, de transigências recalcadas, em percentagens diferentes, obviamente.
Muitos de nós de digno só tem a fachada.
É desta gente que é composta esta massa amorfa, egoísta, surda, protoplásmica (aprendi esta palavra com Miguel Torga), abúlica, manhosa, mas ninguém é capaz de se conhecer inteiramente e de inteiramente se mostrar.




TANTOS INSTINTOS AMESTRADOS...

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